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Região de Champagne

Localização

Champagne é a região de vinhos de Apelação de Origem Controlada situada mais ao norte da França, distando cerca de 145 km de Paris, tendo as montanhas de Ardennes, recobertas por florestas, a separá-la da Bélgica. Cerca de 80% da apelação estão situados no distrito de Marne, sendo os restantes 20% localizados em Aube, Aisne, Seine-et-Marne e Haut-Marne. Somente os vinhos produzidos nesta região podem ser chamados oficialmente de Champagne.

A região de Champagne  tem uma vocação nitidamente vinícola e é sua "razão de ser", pois inclusive o turismo, sua segunda maior fonte de receitas, advém da curiosidade dos amantes desta bebida em conhecer a região produtora. O processo lento e prolongado de envelhecimento do champagne só é possível devido a um conjunto de fatores: a alta acidez de seus frutos conseguida por causa do frio e o amadurecimento lento dos frutos e é vital no processo, aliado a um solo rico em calcário e três séculos de dedicação humana, que se juntam para gerar esse vinho impar!
No início, essa era uma área de vinhos tintos, feitos no outono e estabilizados durante o inverno, quando o frio interrompia a fermentação. Quando chegava a primavera os vinhos eram aquecidos e voltavam a fermentar na garrafa, gerando uma leve efervescência. Esses vinhos frisantes jovens caíram no gosto dos ingleses em meados do séc. XVII. O champanhe tem origem na segunda metade do século 17, quando o monge dom Pérignon, responsável pela despensa da abadia de Hautvillers, observou que os vinhos brancos locais sofriam uma segunda fermentação depois de engarrafados, produzindo borbulhas que estouravam as rolhas. Ele então experimentou amarrar as rolhas com arame, conseguindo "domar" a segunda fermentação e nascia a era moderna do champagne.
Hoje, o champagne é geralmente um ‘corte’  cuidadoso de três cepas - Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay - e de diversos vinhedos (crus). Além disso, diferente de outros vinhos, ele mistura uvas de mais de uma safra. Pode-se fazer vinho de apenas uma safra, mas só nos melhores anos.

Hoje a região concentra cerca de 5.000 fabricantes da bebida, que produzem por ano mais de 300 milhões de garrafas.

As cidades de Reims (pronúncia nasal ‘Rranse’) e Epernay, que distam cerca de 25 quilômetros uma da outra, são as principais da região. A menos de duas horas de trem de Paris, ambas são uma boa opção para passar o dia ou o fim-de-semana, com lugares históricos e champanherias para visitar. A maioria delas dá detalhes sobre a produção da bebida – desde as variedades de uva (Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier), até o rígido controle da qualidade e do nome – e as visitas costumam terminar com uma degustação. Não esqueça o agasalho, pois as adegas costumam ser bem frias e úmidas. Epernay desenvolveu-se no século 19, quando as champanherias em expansão saíram de Reims para conseguir mais espaço. 

 

Place Royale, Reims

Catedral de St. Remy, Reims

Na região de Champagne, Reims sempre foi um importante centro de trocas comerciais. Quando os romanos lá chegaram, no ano 58 AC, encontraram uma comunidade rica na produção de vinhos, madeira, carne e lã, e com ela estabeleceram uma relação pacífica e lucrativa para ambos os lados. No passado, quando ainda não existia a França, como país,  Reims fazia parte da Bélgica. Depois, foi sede da coroação da maioria dos reis franceses desde Clóvis, em 496. A atual Cathédrale Notre-Dame (03.26.47.55.34, www.cathedrale-reims.com), começou a ser construída em 1211 e tem uma decoração gótica rica que inclui milhares de figuras bem-preservadas nos portais, e faz parte da lista de Patrimônio Mundial da UNESCO. 

 

Catedral de Notre Dame, Reims

Vitrais da Catedral Notre Dame

Não deixe de ver os vitrais projetados por Chagall, na capela anexa. As estátuas danificadas durante os fortes bombardeios da Primeira Guerra podem ser vistas ao lado, no antigo palácio do arcebispo, o Palais de Tau (pl du Cardinal-Luçon 2, 03.26.47.81.79). L’Ancien Collège des Jésuites (pl Museux 1, 03.26.85. 51.50, fecha 3ª, sáb. e dom. de manhã) é um exemplo clássico de arquitetura barroca do século 17 e possui uma biblioteca com painéis, decorada com entalhes religiosos e pinturas de Jean Hélart. O college também abriu espaço para a arte moderna.

 

Anjo sorridente danificado

 

 Em Reims, quase todas as champanherias estão abertas somente com hora marcada: Krug (03.26.84.44.20); Lanson (03.26.78.50.50); Louis Roederer (só com hora marcada e  recomendação,03.26.40.42.11) e Veuve Clicquot (03.26.89. 53.90, www.veuveclicquot.com). A Champagne Pommery fica em um interessante prédio elizabetano. 
 

Degustação de Champagne

Principal produto da Região....

Veuve Clicquot

Caixotes para transporte do Champagne

 

Ao sul de Reims estão Ay e Epernay, tranquilas cidades localizadas uma de cada lado do Rio Marne, ambas endereços de importantes maisons. O vale, cercado de vinhedos e vegetação de pequeno porte, é o local onde La Fontaine teria se inspirado para criar suas famosas fábulas.

 Estrada de Epernay

 

Com apenas 28 mil habitantes, Epernay é a capital de Champagne. Seus mais de 100 quilômetros de caves abrigam cerca de 20 milhões de garrafas de champanhe. A Avenue de Champagne transporta o turista ao passado. Os casarões, em estilos renascentista ou clássico, foram (e alguns ainda são) importantes centros de negócios dos grandes grupos fabricantes. Lá, o turista pode conhecer várias dessas casas históricas. É também nessa avenida que se encontra a sede da Moët & Chandon, que inclui a 'loja de fábrica' e a entrada para os 28 quilômetros de caves do grupo, tudo aberto à visitação.

 

A mansão Chandon já hospedou boa parte da realeza européia - de Catharina de Médici à rainha Vitória (que aparece num quadro de uma das salas da casa) - e, claro, o rei Luís XV. Até hoje a casa recepciona chefes de Estado, para hospedagens ou almoços, sempre regados a champagne.

 

 

Um roteiro turístico na região deve ser acrescentado com uma visita em Hautvillers. Nesse vilarejo havia a abadia de Dom Pérignon, considerado o "inventor" do champagne. Resta pouco do edifício: a igreja, as ruínas do convento do século 13 - onde o frei viveu - e um pequeno e sinuoso vinhedo da época do monge, o qual não segue a rigidez das plantações atuais, todas em linha reta.

Atrás da igreja localiza-se o Museu Dom Pérignon. O espaço abriga pertences pessoais, documentos, roupas e escritos do frei. Entre eles, uma carta ao administrador da cidade, na qual diz estar enviando uma amostra "do melhor vinho do mundo". Os vários ambientes do museu reproduzem a cela do frei, o laboratório - onde fazia as experiências que o levaram à descoberta do champanhe - e as caves, que reproduzem o método de envelhecimento da época, com o gargalo das garrafas enterrado na areia.

 

A vila à volta da abadia é outra imagem que não se esquece. As ruas, estreitas e sinuosas, convidam a um passeio a pé. No trajeto, repara-se que muitas casas têm uma placa informando ser produtores de champanhe. Impossível resistir ao convite de entrar e provar. Na verdade, é como se a pequena Hautvillers borbulhasse. Ou melhor, é como se toda a Champagne borbulhasse.

 

 

 

Os vinhedos

O cultivo das uvas é feito na chamada montanha de Reims --um conjunto de colinas entre Reims, principal cidade da Champagne, e Épernay. As duas abrigam a maioria das grandes caves da bebida. Mas só as grandes, pois não faltam pequenos fabricantes independentes, espalhados pelos 68 vilarejos da região.

Para conhecê-la, é indispensável estar de carro, partindo de Reims pela rodovia N51. Em algumas horas, dá para circular por boa parte da "montanha". O ideal é ir seguindo as placas que indicam as "Routes du Champagne" (rotas do champanhe). Mas cuidado: nos vilarejos, elas às vezes somem, obrigando o motorista a perder alguns minutos até achar o caminho. Infelizmente em algumas delas será difícil achar alguém que se comunique em outra língua que não o francês.

Placa da Rota do Champagne

Vinhedo típico da região


Isso pode servir de pretexto para respirar o ar tranqüilo das vilas, quase todas com monumentos aos mortos nas duas guerras mundiais - nos dois eventos a região foi palco de duras batalhas .

Circulando pelas sinuosas estradas, a visão das suaves encostas onde são cultivadas as uvas, nos deixa fascinados. Em alguns lugares, pode-se estacionar o carro e caminhar entre as videiras.

A melhor época para conhecer a região é o início de setembro, quando as parreiras estão carregadas, prontas para a colheita, que começa em meados do mês e vai até outubro.

Os vinhedos mais bonitos ficam na chamada Petite Montagne, a primeira que surge para quem vem de Paris. Em Verzenay, um dos vilarejos da parte oposta, a Grande Montagne, destacam-se na paisagem um moinho, um inusitado farol e o anexo Museu do Vinho.

Principais Vinícolas da Região

 

 

Mercier

A Maison Mercier, a marca mais vendida na França, é uma das mais visitadas. Em seu foyer encontra-se o maior tonel do mundo de 20 toneladas, construído em 1889,  com capacidade de 215 mil garrafas. Foram necessários 24 bois e 18 cavalos para levá-lo de epernay até Paris, para a Exposição Universal de 1889. A visita de 45 minutos é feita a bordo de um pequeno trem e cobre um trecho do túnel usado para minicorridas de automóveis nos anos 1950. Cerca de 7 mil toneladas de greda foram retiradas para abrir os 18 Km de adegas em mercier, em 1858.

68 av de Champagne, 51200 Epernay (03.26.51.22.22/www.champagne-mercier.fr). Aberto meados mar-meados nov 9h30/11h30, 14h/16h30; meados nov – meados mar, 2ª, 5ª a dom., 9h30/11h30, 14h/16h30. Entrada (c/ 1 taça), €6,50; €3 12-15 anos; grátis menor de 12. Cc MC, V.

 

 

Moët & Chandon

 

A Moët & Chandon começou em 1743 como fornecedora de champanhe para Madame de Pompadour, Napoleão e Alexandre I da Rússia. Desde então, manteve o primeiro lugar em vendas com larga vantagem e 250 pontos de venda no mundo todo. Na visita de uma hora, os turistas passam por um túnel de greda (em baixo da casa principal) de 28km.   

 

Estátua de Dom Perignon na Moet & Chandon

Cave com garrafas em processo final de envelhecimento

Barris na Moet & Chandon

Escada que conduz às caves

 

20 av de Champagne, 51200 Epernay (03.26.51.20.00/www.moet.com). Aberto meados mar-meados nov, 9h30/11h30, 14h/16h30; meados nov-meados mar, 2ª a 6ª, 9h30/11h30, 14h/16h30. Entrada (c/ 1 taça) €7,50; €4,50 12-16 anos; grátis menor de 12. Cc AmEx, DC, MC, V.

   

 

 

Champagne Pommery

 

5 pl du Général Gouraud, 51100 Reims (03.26.61.62.63/www.pommery.com). Aberto meados abr–meados nov, 9h30/19h; meados nov– meados abr (só com hora marcada), 10h/18h. Entrada (c/ 1 taça), €7,50; (c/ 2 taças) €10. Cc MC, V.

Construído em 1868, este inusitado château tem arquitetura elizabetana, por isso ganha da concorrência. A visita acontece 30 metros abaixo do solo, em túneis de 18km, que unem 120 minas de greda do período galo-romano.

 

 

Onde Comer e Ficar

 

Ah, a gastronomia francesa... Queijos, pratos requintados, petit-fours. Champagne faz direitinho sua parte para manter a fama do país. Prove de tudo. Sempre com tacinhas do espumante rei dos vinhos, "incidente de percurso" para lá de bem-vindo.

 

Em Reims, há incontáveis cafés e brasseries na place Drouet d’Erlon, assim como muitos hotéis. Se quiser ficar em uma das champanherias, entre em contato com a Ariston Fils Champagne (Grande-Rue 4-8, Brouillet, 03.26. 97.43.46, www.champagne-aristonfils.com, duplo €45-€48), que tem quartos e paparica os hóspedes. Para dormir como um rei, reserve um dos luxuosos e extravagantes quartos no Château les Crayères (bd Henry Vasnier 64, 03.26.82. 80.80, www.chateaulescrayeres.com, duplo €275-€475), uma grande casa de campo transformada em hotel de primeira.

 

 

Em Epernay, La Cave à Champagne (rue Gambetta 16, 03.26. 55.50.70, preço fixo €15-€29) tem boa comida tradicional francesa, assim como o charmoso Théâtre (pl Pierre Mendès-France 8, 03.26.58. 88.19, fecha no jantar 3ª a dom., 4ª, 15 fev-2 mar, 15 jul-2 ago, 22-28 dez; almoço €23, jantar €45). Conhecido por sua seleção de champanhes, champanhes, o Les Cépages (rue Fauvette 16, 03.26.55.16.93, fecha 4ª e dom., jul e Natal; almoço €18, jantar €67) tem comida caseira.

 

 

Ocupando uma recém-reformada mansão de tijolinho do século 19, o hotel administrado por uma família Le Clos Raymi (rue Joseph de Venoge 3, 03.26.51. 00.58, www.closraymihotel.com, duplo €90-€115) é uma gostosa mistura de tradicional com modeno. Membro da rede internacional Best Western, o Hôtel de Champagne (rue Eugène Mercier 30, 03.26.53. 10.60, www.bw-hotelchampagne.com, duplo €75-€115) é confortável, e o Hôtel Kyriad (rue de Lorraine 3bis , 03.26. 54.17.39, duplo €57) tem quartos básicos e arrumados.

     

Domaine Royal Champagne (integrante do seleto grupo Relais & Châteaux), localizado entre as cidades de Reims e Epernay.

Construída no século 18, a casa principal do hotel fica no alto de uma colina e é onde funcionam a recepção, as salas de estar (decoradas com antigos artefatos e uniformes militares) e o restaurante - à noite, muito freqüentado pelos moradores da região. Ao fundo do grande salão do refeitório há um simpático terraço, do qual o hóspede tem uma vista privilegiada dos vinhedos.

Na entrada do hotel, uma placa avisa que o imperador Napoleão Bonaparte e seus oficiais, depois de vencerem a Batalha de Reims, em 1814, passaram a noite ali (então um albergue), antes de seguir para Epernay.

Atualmente, os chalés, construídos um pouco mais abaixo da casa principal, dão vista para as plantações e são - cada um deles - decorados de uma maneira diferente. Papel de parede, espelhos, móveis antigos. Não é à toa que, ali, qualquer mortal se sente como um rei.

           

 



 

 

 

 

 

 

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